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INTRODUÇÃO

O governo Federal vem desde 2005 executando em todo o país o projeto Tele-centro de Inclusão digital Petrobrás/RITS, que visa, através de Tele-centro de inclusão digital, oferecer formação técnica básica em computação para o uso da internet e das ferramentas do computador, e disponibilizar computadores em local apropriado com capacidade de conexão razoável para o aceso a internet. Aqui em Pelotas está situado um destes tele-centros, denominado: Tele-centro de Inclusão digital Petrobrás/RITS da ATES de Pelotas, que é o objeto de pesquisa que deu suporte para o presente Artigo.

A partir da pesquisa realizada, através de questionário, com os usuários e usuárias do Tele-centro de Inclusão digital Petrobrás/RITS da ATES de Pelotas, durante janeiro de 2007, e da pesquisa teórica feita durante o percurso da disciplina de Projeto em Artes II, do curso de Licenciatura em Artes Visuais, da Universidade Federal de Pelotas, pude observar alguns elementos numéricos e teóricos que direcionaram o trabalho para que eu pudesse fazer algumas conclusões a respeito da pergunta inicial, mote deste trabalho: Inclusão digital é inclusão social?

Para que pudéssemos entender como funciona o processo de inclusão digital, tivemos que abordar em tópicos alguns temas importantes que são pré-requisitos básicos para o entendimento do objeto da nossa pesquisa. Começamos a partir da exposição da metodologia e da apresentação da entidade que executa o projeto, seguido do tópico que apresenta a concepção de Tele-centro, expressada majoritariamente por Sergio Amadeu, presidente do ITI - Instituto de Tecnologia da Informação. Depois apresentamos os primeiros resultados da pesquisa que traça o perfil dos usuários e usuárias do Tele-centro. Tabulamos as respostas dos questionários aplicados aos usuários e usuárias do Tele-centro, que participaram da entrevista, entendendo em números as características dos freqüentadores do Tele-centro e algumas opiniões expressadas através dos gráficos presentes neste artigo. Entramos no debate da importância do software livre e da formação técnica como etapas fundamentais de um projeto autônomo e coletivo. Trouxemos alguns números a respeito da internet no Brasil para ter uma visão da real situação dos brasileiros e brasileiras, através dos números do IBGE. E para que melhor compreendêssemos as questões teóricas a respeito da importância da inclusão digital, apresentamos um tópico sobre o assunto que se convencionou chamar de Cibercultura, apresentando as duas correntes de opiniões mais importantes no ramo, que são os pessimistas e os otimistas, ou os fáusticos e os prometéicos. Por fim apresentamos a conclusão do artigo que identifica se inclusão digital é inclusão social no Tele-centro de Inclusão digital Petrobrás/RITS da ATES de Pelotas, através do cruzamento entre as respostas dos entrevistados e as teorias apresentadas.

No Brasil existem muitas pessoas excluídas da internet sem ter condições de acessar a rede e sem ter um computador para manejar, talvez seja por isso que atualmente o tema da inclusão digital tenha sido tão pesquisado e debatido no Brasil a partir das experiências nacionais e internacionais. Na era da cibernética onde o uso do computador se torna imprescindível para a inclusão das pessoas na sociedade, os Tele-centros cumprem um papel fundamental na equidade social, segurando o direito das pessoas de se comunicarem via internet e de utilizarem o computador para outros fins, sejam eles de entretenimento, de trabalho ou de participação democrática no estimulo a cidadania.

Dentro deste cenário atual, existem opiniões adversas quanto ao processo da inclusão digital e ao caráter positivo desta inclusão promovida seja pela iniciativa privada, seja pelo Estado. A intensificação do fluxo de conexões na rede mundial de computadores gera não um mundo novo, mas a “potencialização” do mundo atual. Se determinada pessoa não tem computador, ou não pode acessar a internet, dizemos que ela faz parte da exclusão digital, logo esta pessoa fica “despotencializada” para praticar o exercício da cidadania, a convivência social, a formação profissional, o aceso a informação e até mesmo o ócio. A não participação da população ou de determinado grupo social na rede, intensifica o IDH - Índice de Desenvolvimento Humano, negativamente, assim, para efetuar inclusão social na era digital e no Brasil, se faz necessário uma forte política de inclusão digital.

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